segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Uma vez alguém me disse: “É difícil saber o que você pensa.” Sabe de uma coisa? Talvez eu seja mesmo um pouco difícil de se ler. E eu prefiro assim. Não gosto da idéia de ter alguém mexendo nos meus guardados, nas minhas coisas, tentando decifrar-me. Não pode ser qualquer um. Sou mesmo assim, meio “bicho” de nascença. Não me interprete mal: Sou muito mais feliz do que triste. Mas às vezes mantenho a distância. Acho chata certas pessoas. Tenho uma imensa preguiça das "cascas de cigarra". Tem dias que eu mordo. Não atendo alguns telefonemas. Bloqueio certos contatos no msn. Quero ficar sozinha. E fico. Mas há aqueles dias que tenho uma imensa vontade de sair por aí abraçando o mundo, distribuindo afagos, entregando sorrisos. Amo intensamente ao ponto de sentir uma dorzinha cá dentro. O lance é que eu gosto de ser assim. E isso não me incomoda nem um pouco. Se incomoda os outros, não sei. Ja vivi tanto para agradar as pessoas, realizando suas vontades, dizendo palavras que queriam ouvir. Mas chega uma bendita hora em que você acorda e diz para si mesmo: "Ei! Você tem uma vida e precisa vivê-la". É é isso o que tenho feito. V-I-V-I-D-O. Sim! Dia após o outro. Um de cada vez. Sem pressa. Pra quê pressa? Adiantaria alguma coisa? O tempo se encarrega de se apressar por nós. Afinal, quando chega 1º de janeiro, o Natal ja se anuncia. Por isso, aonde eu for levo um sorriso nos lábios, um coração quase novo, que acredita nessa louca aventura de viver. E nessa, eu corro o risco de bater a cara, espatifar no chão, me cortar e sangrar. E daí? Mas se eu não for, nunca saberei como teria sido. Você acha que isso seja Utopia? Eu chamo isso de descobrir a vida.
de mim...

"Tenho um coração que quase me engole, uma força que nunca me deixa e uma rebeldia que às vezes me cega. Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer. Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrela. Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida. Explicação mesmo, eu sei: não há. E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe. E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo?Por isso, eu te peço (de um jeito meio sem-vergonha, que é assim que eu costumo ser): se eu gostar de você, tenha a gentileza de não me deixar tão solta. Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto. Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada. E independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo."
CFC
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